Descubra como funciona um Clube-Empresa e porque é uma forma de gestão tão utilizada atualmente no mundo do futebol
Muito se comenta sobre as várias gestões e diretorias existentes no mundo do futebol, há quem diga que os Europeus apresentam uma gestão muito superior em relação a gestão das equipes no Brasil, mas será que isso é mesmo verdade?
A forma de gerir um clube é muitas vezes o diferencial para o sucesso dele. Um bom gerenciamento pode trazer muitos títulos, vitórias e uma visibilidade ainda maior para um time de futebol. E, mais vitórias é também sinônimo de mais lucro para o clube. Ou seja, tudo gira em torno de uma boa gestão de clube.
Um dos modelos mais comentados e atualmente um dos que mais tem funcionado no mundo do futebol, é o conceito de Clube-Empresa. Esse modelo nada mais é do que uma associação de empresas que decidem investir coletivamente e a gestão do clube decide como alocar esses recursos.
O objetivo do modelo de gestão Clube-Empresa é maximizar os retornos financeiros e diversificar os riscos por meio de uma estratégia de investimento conjunta.
Diferente do modelo tradicional que conta com apenas um ou poucos gestores apenas, no modelo de Clube empresa a administração é feita por uma gestão composta por representantes de todas as empresas investidoras.
Para saber mais a respeito da diferença entre a gestão convencional adotada pelos times brasileiros e o modelo de Clube-Empresa, separamos algumas informações importantes e comparativas para esclarecer algumas dúvidas a respeito desses diferentes modelos de gestão.
Como funciona a gestão de um Clube Convencional Brasileiro?
No contexto do modelo de gestão brasileiro, estamos bastante familiarizados com a estrutura do clube, que basicamente funciona como uma associação civil sem fins lucrativos. Apesar disso, é importante ressaltar que essa natureza não impede que essas entidades obtenham lucro.
Os clubes são compostos por uma comunidade de associados que elegem um presidente e um conselho para administrar a equipe, com o tempo de mandato variando conforme as normas internas.
Na Europa, apenas alguns clubes de elite do futebol adotam esse sistema, incluindo o Barcelona e o Real Madrid. Isso levanta a questão: por que as equipes brasileiras não adotam em larga escala o modelo de clube empresa? Por que não seguem o exemplo do futebol inglês?
Como funciona a gestão de um Clube-Empresa?
Basicamente, um clube-empresa é uma entidade com foco em lucro, diferente dos tradicionais clubes esportivos sem fins lucrativos. A ideia de transformar todos os times brasileiros em clubes empresa já foi discutida anteriormente, porém há diversos pontos a serem considerados antes de uma decisão ser tomada.
Em teoria, a conversão de um clube em clube-empresa, por meio da abertura de capital, permitiria que acionistas investissem na equipe, gerando mais recursos para resolver grandes dívidas e fornecendo outros benefícios, como facilidade no refinanciamento de dívidas e apoio em processos de recuperação judicial.
Por outro lado, ao se tornar uma sociedade anônima ou empresa limitada, um clube-empresa passa a ter a obrigação de gerar lucro para satisfazer seus acionistas, o que implica em pagar mais impostos do que um clube sem fins lucrativos.
Além disso, os dirigentes precisariam divulgar regularmente dados financeiros e poderiam ser punidos por irregularidades, o que pode não atrair muito os dirigentes brasileiros.
Essa mudança radical de gestão também implica em uma série de outras exigências e sanções que os clubes teriam que enfrentar para se adaptar ao novo modelo. Diante da situação financeira muitas vezes delicada dos clubes brasileiros, essa transição pode representar um desafio significativo.
Embora a ideia de um clube-empresa possa parecer promissora no futuro, talvez os clubes brasileiros ainda não estejam preparados para enfrentar essa transformação, especialmente considerando a dependência de fatores como estrutura, inovação e resultados esportivos para gerar lucro.
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