O 'Boom' da Bolsa de Valores Brasileira - Valor e Capital

O ‘Boom’ da Bolsa de Valores Brasileira

Saiba o que está por trás do crescimento expressivo de novos investidores na B3, a Bolsa de Valores Brasileira e como esse crescimento deve permanecer

Cada vez mais brasileiros tem investido na Bolsa de Valores Brasileira, o que chamou a atenção de analistas do setor, uma vez que esse crescimento deve permanecer pelos próximos anos. Esse aumento significativo tem sido um fenômeno que chamou a atenção dos especialistas financeiros.

O aumento significativo no número de CPFs ativos no mercado de renda variável, dobrando e até mesmo triplicando em alguns casos, levanta questionamentos sobre se essa tendência veio para ficar e se a educação financeira no Brasil está finalmente passando por uma transformação.

Com mais de 3,5 milhões de investidores Pessoa Física, é inegável que esse número representa uma mudança expressiva no cenário financeiro nacional. Esse Boom da Bolsa de Valores Brasileira traz reflexões acerca do motivo de tamanho aumento. Seriam o crescente número de influencers financeiros? Seria o desejo de “enriquecer” dentro do mercado financeiro?

Quando comparamos essa cifra com anos anteriores, onde o número de CPFs ativos na bolsa brasileira não ultrapassava os 500.000, percebemos o quanto a adesão ao mercado de investimentos tem crescido de forma vertiginosa. No entanto, apesar desse aumento substancial, ainda há um longo caminho a percorrer no mercado financeiro nacional.

A verdade é que o brasileiro está alterando seu mindset quando se trata de investimentos. O antigo hábito de simplesmente “economizar” ou “deixar o dinheiro na poupança” está se tornando obsoleto, à medida que mais pessoas começam a se conscientizar sobre as diversas opções de rendimentos disponíveis no mercado financeiro.

Esse movimento indica uma mudança de paradigma em relação ao modo como o dinheiro é gerenciado e investido no país.

Entenda a Bolsa de valores Brasileira

A taxa de juros contribuiu para o aumento de investidores na B3?

Podemos levar em consideração que grande parte dessa migração à bolsa de valores brasileira está relacionada à queda da taxa Selic, a taxa básica de juros, que nos últimos anos caiu de 14% para 2%. Nunca, na história do Brasil, a taxa Selic esteve tão baixa. Muitos fatores desencadearam essa queda e o mais recente foi a crise sanitária do Coronavírus.

Com a taxa de juros nos níveis atuais, a renda fixa, que antes era considerada rentável, tornou-se duvidosa, perdendo até mesmo, em muitos casos, para a inflação. Mas, não só isso foi determinante para abrir os olhos do brasileiro. A transformação digital está sendo uma aliada bem forte nessa revolução.

É evidente que a internet e o acesso às informações também estão contribuindo para essa mudança. São centenas de canais no YouTube, páginas em redes sociais, cursos ministrados por profissionais e especialistas em finanças; uma infinidade de possibilidades para entender o mercado financeiro que, aquele velho mito de ”isso não é para mim” transformou-se em ”eu quero começar. O que fazer?”.

Além disso, atualmente, nós temos a maior ferramenta de busca do mundo na palma das nossas mãos. Tudo o que você quiser saber, pesquisar, estudar é só jogar no Google e pronto, milhares de artigos e materiais de estudos a um clique da sua tela. Realmente a internet mudou as nossas vidas drasticamente e tem mudado dia após dia em todas as esferas.

Nos últimos dias, a bolsa brasileira atingiu seu topo histórico no índice Bovespa (o mais importante indicador de desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão) alcançando os 130.000 pontos. O otimismo dos investidores com a retomada econômica aliada ao avanço da vacinação no país fez com que a bolsa disparasse. Entretanto, é importante ter cautela em momentos como esse.

Um dos maiores gurus do mercado financeiro, o brasileiro Thiago Nigro, fundador do canal “o Primo Rico”, tem uma frase que dita muitos momentos como esse: ”Ganância, medo e impaciência geram prejuízo”. Como a maioria dos investidores está há menos de 2 anos nesse novo mundo, muitos idolatram ganhos rápidos e acabam se frustrando com as oscilações do mercado.

O que esperar para 2021? 

Ainda vivemos momentos de incerteza. A crise do Coronavírus impactou drasticamente a economia dos países emergentes. Mas, o cenário é de otimismo. Diversos especialistas estão confiantes que as economias emergentes retomem aos patamares da pré pandemia. O positivismo para o Brasil vem, sobretudo, com o aumento das exportações de commodities para a China.

Separamos alguns setores em destaque para esse ano: energia, petróleo e gás, mineração, siderurgia, papel e celulose. Além de claro, se atentar ao setor bancário pelo provisionamento feito em 2020 para conter o risco da inadimplência causado pela pandemia. 

E então, você faz parte de um dos mais de 2 milhões de brasileiros que acabou de iniciar no mercado de capitais e ainda não sabe muito bem como operar e investir? Tem medo de ver a sua renda variando de acordo com as projeções de mercado?

Não criou uma reserva de emergência antes de se aventurar na bolsa? Bom, não se preocupe, pois você não está sozinho nessa! Acompanhe a Valor & Capital e esteja sempre bem informado com relação às notícias e informações do mundo financeiro.

Leia também: Como obter sua Reserva de Emergência

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Elisa Fernandes
Elisa Fernandes
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